A Associação Comercial e Industrial de Ijuí (ACI) promoveu na última terça-feira, o primeiro painel do Agronegócio. Na oportunidade, produtores lotaram o auditório para acompanhar as palestras do advogado especialista em Agronegócios, Francisco Torma e do vice-presidente do Agronegócio da ACI André Bigolin. Em um clima descontraído, após as explanações que abordaram o Plano Safra e o mercado atual, os produtores puderam interagir com perguntas, participando de um bate papo com os palestrantes.
André abordou, em sua fala, a importância dos produtores estarem sempre atentos a todas as informações que impactam no mercado agrícola. “Não temos como prever qual é melhor momento de comercialização da soja, mas podemos entender os sinais que o mercado nos dá”, disse ressaltando a importância de acompanhar números como os da Bolsa de Chicago, produção a nível mundial, demanda global e os relatórios de projeções do mercado e de ajustes. Outra variável importante é acompanhar os fundos de investimento que atuam forte nesse mercado. Finalizou mostrando a importância do agricultor estar atento as relações de troca, ou seja, a ‘moeda’ é o soja, e dessa forma conseguirá através do histórico construído identificar os melhores momentos de fazer a aquisição de seus insumos.
O advogado Francisco Torma apresentou algumas características do Plano Safra, bem como esclareceu tanto a importância dessa forma de financiamento, a origem dos recursos utilizados e as características do atual programa lançado recentemente: “O atual Plano Safra é maior que os outros anteriores, e isto é absolutamente natural e esperado. Precisamos aguardar para ver se haverão recursos para cumprir a promessa. Como característica principal deste Plano Safra podemos apontar a redução de juros para os produtores que adotam práticas consideradas sustentáveis”.
O evento marcou o lançamento do Núcleo do Agronegócio, que visa aproximar os empresários rurais da ACI. O presidente Glademir Zanette aproveitou a oportunidade para convidar os produtores a participar da Associação. “Somos a casa do empreendedor, representamos o comércio, os serviços, as indústrias e o agronegócio, por isso cada vez mais queremos entender as demandas dos empresários rurais para o nosso debate e criar essa referência com este segmento”. Bigolin também reforçou o convite enfatizando que o objetivo da ACI é dar representatividade ao segmento. “Entendemos que cada vez mais os produtores estão trabalhando a gestão dentro de suas propriedades, por isso queremos que a ACI seja um suporte neste sentido”, disse.
