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ACI e Federasul se manifestam contra aumento de impostos pelo governo do Estado

  • 18 de março de 2024
ta na mesa 2

A revisão no corte de benefícios fiscais anunciada pelo governador Eduardo Leite em encontro da Federasul, não teve uma repercussão positiva diante dos empresários.

Ele rechaçou a possibilidade de retirada de todos os decretos, mas admitiu flexibilizações menores, como a retirada de exigências para que 63 setores usufruam de incentivos fiscais. No entanto, a Federasul entende que a pior parte das graves consequências socioeconômicas permanecem, como exemplo a manutenção da retirada dos benefícios fiscais para a linha de insumos, o que impacta diretamente na produção de alimentos.

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, garantiu que a entidade apoia a classe empresarial. “Nós não apoiamos nem fazemos oposição a governos, mas apoiamos, aprovamos ou rejeitamos projetos e ideias, baseados em valores e princípios, com firmes crenças na geração de riquezas e um melhor ambiente de trabalho”, afirmou. Para Costa, é a valorização de talentos gaúchos por meio de um empreendedorismo florescente, da capacidade produtiva, que serão geradas mais renda e arrecadação – não pelo aumento de impostos ou retirada de incentivos que garantem competitividade das empresas com outros Estados que mantém benefícios fiscais muito maiores.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ijuí (ACI),  Glademir Zanette, é o momento de que a classe empresarial e o setor produtivo se posicionarem contra medidas que afetam diretamente a geração de emprego e renda, e que não resolvem o problema de caixa do Estado. “O governo precisa buscar o equilíbrio das contas públicas, não com aumento de impostos e corte de benefícios, mas com gestão da máquina pública, uma solução paliativa vai continuar impactando na perda da competitividade e consequentemente o empresário vai segurar os investimentos e frear a economia”, alerta questionando a sustentabilidade do plano de recuperação fiscal do governo.

O vice-presidente da ACI Carlos Ludwig explica ainda que as novas regras vão  impactar sobre os preços dos alimentos, o que vai acabar chegando ao consumidor final, inclusive no aumento do custo da cesta básica, atingindo todos os gaúchos. “O aumento da tributação da cesta básica e no custo de produção dos alimentos fará com que o consumidor sofra as consequências, pagando mais da lavoura ao mercado, tendo nos insumos agrícolas, por exemplo uma taxação inicial de 1,7%, mas com previsão de aumentos sucessivos chegando aos 6,8% em outubro de 2025, é uma conta cara tanto para o produtor, como para a população inclusive as famílias mais vulneráveis”, aponta.

 

Sobre o corte dos insumos agrícolas na lista de benefícios fiscais, o vice-presidente de Agronegócio da ACI André Bigolin  enfatiza que infelizmente a repercussão será negativa. “Essa foi uma notícia bastante negativa para o agronegócio e quem vai pagar essa conta, infelizmente será o produtor, porque vai repercutir lá na ponta, todo tributo a mais é incluído no preço do produto, então no momento em que o governo tira os benefícios fiscais, isenções dos defensivos vai ser repassado ao preço final e quem paga é o agricultor que perde renda, perde receita, perde capacidade de investimento e com isso gera menos riqueza para o Estado e o município”, explica.